“Se não fossem os bancos espalhados pelo mundo, muitas variedades tradicionais já tinham desaparecido

O Banco Português de Germoplasma Vegetal comemorou 45 anos em 2022 e um momento impactante foi a inauguração das instalações em S. Pedro de Merelim, Braga, no ano de 1997, que lhe permitiu acompanhar a evolução das instituições congéneres. Até aos dias de hoje houve um constante enriquecimento do acervo com a conservação de 255 espécies de plantas cultivadas e seus parentes silvestres, resultado de 131 missões de colheita. Sem este trabalho muitas variedades tradicionais já tinham desaparecido, garante a Coordenadora do BPGV, Ana Maria Barata.

Qual é a principal missão do Banco Português de Germoplasma Vegetal?

Como todos os bancos de germoplasma no mundo, a finalidade é conservar a biodiversidade sob a forma da máxima variabilidade genética das espécies que são consideradas importantes para o homem para os diversos usos. Há múltiplos usos de plantas que justificam a sua conservação, como medicinal, artesanal, ornamental, madeireiro, industrial, paisagístico, pastagem, entre outros, mas principalmente para a alimentação. O compromisso fundamental é contribuir para a segurança alimentar atual e para as gerações futuras.


Quais os grandes factos que marcaram estes 45 anos?

Os factos mais impactantes para o futuro foram as instalações inauguradas em 1997, em S. Pedro de Merelim, Braga, e subsequente acompanhamento da evolução das instituições congéneres. Nesse caminho destacam-se a informatização de toda a informação decorrente das atividades do BPGV, a disponibilização da informação ao público pela plataforma Grin Global e nos dias de hoje a inventariação do acervo nacional dos RGV.

Conservação in vitro

É um dos 170 bancos do Mundo com mais de 10 mil mais variedades conservadas, colocando-o nos 10% de topo.

Criopreservação

Neste percurso outros factos simbólicos se evidenciam e ditam o futuro. Exemplos disso são as metodologias aplicadas na conservação – como sejam a conservação in vitro e em crio, a biologia molecular na caracterização da variabilidade genética, as parcerias estabelecidas com vista à valorização do acervo.

Leia a entrevista completa na edição de dezembro 2022 da Revista Voz do Campo.